12/12/2018 por Vinícius Farinha
A tecnologia não avança proporcionalmente ao cair da areia de uma ampulheta do tempo. Todos os dias ferramentas novas são criadas para transformar e melhorar o nosso dia a dia de forma que a realidade venha a ter seu grau de facilidade. Junto com esse turbilhão de novos recursos, foi criada a impressão 3D. Apesar de todos acharem que é algo de dois ou três anos atrás, essa invenção surgiu em 1984 por Chuck Hull, norte americano do estado da Califórnia.
Mas pra que serve uma impressora 3D?
Esta serve para criar, de forma física, objetos que foram modelados em um programa virtual. Por exemplo, uma peça mecânica ou qualquer outro tipo de produto que possa ser modelado. O uso da máquina está muito atrelado a serviços de desenvolvimento de produto, onde o mesmo é modelado e logo após, impresso para ter um formato físico daquilo que foi projetado.
No uso doméstico, já foram criados acessórios diversos, como por exemplo: brinquedos, capas de celular, esculturas, objetos de decoração, de cozinha e sapatos. No uso empresarial, algumas empresas criam protótipos de produtos, como móveis planejados, eletrodomésticos, peças automobilísticas, instrumentos musicais, jóias e até armas de fogo. Na área da saúde, protótipos de crânio e de outros ossos já foram criados para auxiliar em uma operação.
E como funciona?
O primeiro passo é modelar o que deseja ser impresso em algum programa de modelagem, como o pacote CAD, por exemplo. Ao enviar essa modelagem ao aparelho de impressão, que seria o próximo passo, a máquina precisa de insumos para poder produzir o produto, que vai de impressora para impressora.
Impressoras do tipo FDM usam polímeros termoplasmáticos. Assim que são inseridos, os filamentos derretem e são expelidos pelo extrusor da máquina, formando o sólido requerido com seu formato volumétrico.
O dispositivo lê a modelagem a partir de um arquivo .STL, então é muito importante que a modelagem esteja salva neste tipo de arquivo. O mesmo estabelece camadas de pó, líquido ou folha de material para construir o modelo a partir de seções transversais e isso torna capaz de criar praticamente qualquer forma geométrica.
Qual o custo total?
Um quilograma de filamento de plástico ABS ou PLA para a impressão custa aproximadamente US$ 48 ou R$ 96. No Brasil, é possível encontrar esse mesmo filamento pela mesma faixa de preço ou um pouco mais. A máquina varia muito de custo. Uma simples para se ter em casa custa entre R$2000 e R$10000. Ou seja, levando em conta o preço do material usado, seria bastante rentável realizar uma impressão 3D em um projeto de algum produto a ser desenvolvido.
Os objetos criados são funcionais?
É importante levar em consideração que os materiais impressos são diferentes dos materiais reais do produto. Levando em consideração a dureza e a fragilidade dos filamentos de plástico em relação ao material do produto real. Ou seja, dependendo do produto, seria inviável realizar suas funcionalidades.
Cody Wilson é um jovem de 25 anos que mora nos Estados Unidos e criou a arma “The Liberator”. A arma de fogo é composta por 16 peças e foi toda feita em uma impressora Dimension SST, da companhia Stratasys. Cada uma das partes que compõe a pistola foi feita em plástico original da máquina. Para ficar de acordo com um artigo que obriga as armas de fogo a serem encontradas por detectores de metal, arma conta com uma parte extra, de 170 gramas de aço – única parte do objeto não impressa na máquina. O jovem prometeu liberar as modelagens gratuitamente na internet para que outras pessoas a produzissem.
Apesar de ser possível a produção de armas de fogo, é importante lembrar que o que faz uma bala ser disparada é a explosão da capsula de pólvora sendo expelida da arma. Essa explosão pode acabar danificando a arma de plástico ou derreter a mesma.
A impressão 3D é uma forma barata e muito gratificante de ver como vai ficar o seu produto em forma física depois de finalizado. Aconselhado para não gerar dúvidas quanto ao que se esperar e imprescindível para quem quer ter a primeira sensação de sua própria criação.
