Por Isabella Gonçalves Bramili
Já pensou em investir tempo, recursos e dinheiro em um sonho para, depois, descobrir que ele não dará retorno financeiro? Para evitar o prejuízo e a frustração ao máximo, o planejamento para a abertura de um futuro negócio é de extrema importância. Para seu sucesso, é fundamental realizar um estudo sobre a viabilidade daquilo que vai ser executado. Com ele, é possível ter um conhecimento do comportamento do negócio no mercado e, assim, desenvolver estratégias para se preparar para os cenários futuros projetados. Assim, não será preciso lidar com as adversidades quando elas aparecem.
Porém, como saber essa viabilidade? Por isso, nesse artigo você vai entender o que é o Estudo de Viabilidade Econômica, como ele é executado e o que ele analisa.
O que é viabilidade econômica e por que é importante?
O Estudo de Viabilidade Econômica é uma ferramenta utilizada, como o nome diz, para informar a viabilidade financeira de um negócio. Ele analisa as projeções financeiras do empreendimento em diferentes cenários (pessimista, realista e otimista), buscando a maior assertividade. Esse estudo, então, é importante para auxiliar na tomada de decisão relacionada aos aspectos financeiros do empreendimento.
Nesse sentido, sua aplicação se direciona, principalmente, para as seguintes demandas: previsão do tempo de retorno financeiro e do total de dinheiro necessário para a abertura do negócio. Assim, é possível ter um melhor controle do crescimento do empreendimento, analisar o quão rentável será, planejar melhor como diminuir os riscos e estruturar os custos e receitas do negócio.
Como é executado o Estudo de Viabilidade Econômica?
1. Ínicio
Inicialmente, é de extrema importância tomar conhecimento sobre o negócio. Para isso, necessita-se de uma Análise de Mercado, tanto do público alvo quanto dos concorrentes do negócio. Isso permite uma melhor análise do comportamento do mercado em que está inserido e as influências dele. Nela, procura-se por dados para tornar a projeção mais concreta. Isso a partir de vários fatores, como:
- Estudo dos hábitos de compra do público;
- Vantagens dos concorrentes;
- Competitividade em fatores como o preço e a localidade;
- Estrutura de outros negócios, dentre outros fatores que auxiliam o entendimento do funcionamento do negócio e seus possíveis diferenciais.
A partir disso, também levantam-se todos os custos envolvidos no negócio. Neles, encontram-se os gastos iniciais necessários para a abertura do empreendimento. Também abrangem os custos fixos (como salário e aluguel) e variáveis (que dependem da produção, como matéria-prima) por mês. Além disso, os custos com a depreciação dos equipamentos ao longo do tempo também são inseridos nesse levantamento de dados.
2. Desenvolvimento
-
Premissas
A partir da análise prévia de mercado, estuda-se o comportamento do negócio, do público e o crescimento do mercado inserido. Então, obtém-se os dados para estipular as premissas, como, por exemplo: número de vendas e ticket médio. É importante ressaltar que, por serem a base dessas projeções, podem ser alteradas de acordo com novas análises realizadas, o que muda os resultados do estudo feito, automaticamente.
-
Projeção de despesas
Com os custos e as premissas levantados, analisa-se como os gastos variam ao longo do tempo. Nesse momento, leva-se em consideração a inflação encontrada no ano e a questão tributária.
Para a empresa iniciar suas atividades e emitir notas fiscais, é muito importante entender sobre os principais impostos pagos e, dessa forma, manter a regularidade fiscal. Então, avalia-se em qual das formas de cobrança de imposto o negócio se insere: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. A partir disso, calcula-se a presença dessa tributação nas despesas do negócio.
Além disso, as despesas também vão englobar o Capital de Giro. Esse conceito refere-se aos recursos necessários para arcar com as responsabilidades, em caso de imprevistos. Para calculá-lo, consideram-se alguns fatores como a forma de pagamento e os gastos mensais do negócio.
-
Projeção de receitas
Também levando em consideração as informações obtidas na análise de mercado e as premissas estabelecidas, projetam-se as receitas. Para isso, também considera-se os tipos pagamento, como, por exemplo, parcelado, em crédito ou débito.
Essa projeção é muito importante para avaliar se o negócio irá se desenvolver, de acordo com os dados do estudo, ou não. Por isso, as receitas encontradas devem superar os custos obtidos.
-
Indicadores econômicos
Taxa Mínima de Atratividade (TMA): Representa o valor mínimo que o investidor pretende ganhar com o empreendimento e permite uma visualização. Seu valor deve ser superior ao da Taxa Selic (taxa básica de juros do país), que representa um investimento mais seguro e menos rentável no mercado.
Valor Presente Líquido (VPL): Aponta os valores do futuro no momento presente, de modo que permite perceber os resultados de forma mais concreta no momento de estudo.
Taxa Interna de Retorno (TIR): Refere-se à Taxa de Retorno que iguala os ganhos do futuro aos investimentos feitos no presente. É medida em porcentagem, o que facilita a visualização do retorno do investimento.
Payback: Mostra em quanto tempo o negócio começa a dar lucro, ou seja, quando obtém-se o retorno do investimento.
Índice de Lucratividade (IL): Essa métrica exibe o quanto a empresa vai conseguir lucrar de acordo com o trabalho produzido, ou seja, diz respeito a sua eficiência. Calcula-se por: VPL/Investimento Inicial
3. Análises finais
Após realizar essas etapas, é possível projetar 3 cenários (pessimista, realista e otimista) para ter um respaldo mais assertivo do negócio. A partir disso, há uma alta probabilidade de que os números se encaixem em uma dessas projeções propostas pelo estudo. Portanto, esses cenários darão as respostas do comportamento do negócio de acordo com o contexto e dados inseridos no EVE.
Posteriormente, analisa-se os resultados de cada cenário, resumidamente, no Demonstrativo de Resultado de Exercício (DRE). Então, é interessante observar a receita bruta e líquida, o lucro, os impostos, entre outros fatores calculados ao longo do estudo.
Por fim, um indicador importante de ressaltar, nesse momento, é o VPL. Ele indica, de forma direta, se o negócio será viável ou não, economicamente. Se seu valor obtido for positivo, será viável e, reciprocamente, se for negativo, será inviável.
Entendendo um pouco melhor sobre como sabe a viabilidade econômica de um futuro negócio, você acredita que o estudo pode ser interessante para seu empreendimento? Caso precise de um auxílio para realizá-lo, assim como um Plano de Negócios completo e de qualidade, a Meta Consultoria é o lugar certo! Entre em contato conosco e peça seu diagnóstico gratuito!