
Gênero desigual: por que o mercado da engenharia não consegue o equilíbrio?
26/08/2021 Por Rayana Azevedo e Yasmim Ramalho ‘Existem mais mulheres do que homens no mundo – 52% da população mundial, mas os cargos de poder são ocupados por homens.’ Essa é uma frase escrita por Chimamanda Ngozi Adichie, no livro ‘Sejamos todos feministas’. Ela revela a disparidade do assunto gênero ainda nos dias atuais. E pode até parecer que esse assunto ficou no passado e que no nosso século XXI não exista tal diferença. Mas só quem vive na pele o julgamento do olhar, das palavras ditas com delicadeza ‘para não machucar’, da concepção de fragilidade ou da interrupção da fala, entende o peso de ser mulher nessa sociedade. A realidade ainda é pior quando falamos sobre cor e gênero. Uma pesquisa publicada pelo Pew Research revela que ‘a distância salarial entre um Homem Branco e uma Mulher Negra, por exemplo, é de 63%’. Ou seja, uma mulher leva 16 anos para receber o que um homem recebe em 10 anos. No ramo da Engenharia, temos o utópico pensamento de que o mercado está cada vez mais igualitário e que o número de mulheres está crescendo. Contudo, novamente segundo o Pew Research: em uma década, o aumento foi apenas de